Por Inês Pereira
Do ponto de vista nutricional, ao ingerir um grão de soja, você está oferecendo ao seu organismo proteína, fibras, carboidratos, óleos e sais minerais. Mas isso é só o começo
Tá na boca dos cientistas! Todos, renomados pesquisadores brasileiros e estrangeiros, afirmam que a soja é um dos mais completos e poderosos alimentos funcionais – aqueles que oferecem, além dos nutrientes, substâncias curativas e preventivas de doenças. Cercada de bons presságios, entre eles, o fato de que as pesquisas sobre suas possibilidades estão longe de se esgotar, a soja tem uma proteína de excelente qualidade, pois fornece os aminoácidos essenciais à saúde humana – daí ser considerada um alimento tão rico como o de origem animal, ovos e carnes –, sem falar na característica de ser um alimento superversátil. “Ela é capaz de enriquecer a dieta dos brasileiros com variados ingredientes e preparações”, explica o nutrólogo, professor e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Durval Ribas Filho.
“A falta do hábito de consumir soja, entretanto, representa uma perda para a saúde dos brasileiros, que poderiam se beneficiar das inúmeras propriedades desse alimento”, constata. Verdade. Não faz parte da nossa cultura, do cardápio cotidiano da nossa mesa. O mesmo não se pode dizer dos chineses, os primeiros no mundo a descobrirem a soja, cerca de 2000 a.C., e dos japoneses. “Estudos epidemiológicos comprovam que a população oriental tem menor incidência de câncer de mama, enfarte e menor risco de desenvolver outras alterações, como diabetes. Por outro lado, os estudos constataram que os japoneses que migraram para os Estados Unidos desenvolveram doenças, entre elas, o câncer”, informa a professora doutora e atual coordenadora do Ambulatório de Climatério da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Sônia Rolim Lima.